terça-feira, 5 de abril de 2011

TRICOMONAS VAGINALES "TRICOMONÍASE"

É uma infecção causada pelo Trichomonas vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório o órgão genital feminino e a uretra. Sua principal forma de transmissão é a sexual. Pode permanecer assintomática no homem e, na mulher, principalmente após a menopausa. Na mulher, pode acometer a vulva, a uretra e a cérvice uterina, causando cervicovaginite.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

Sinais e sintomas:
corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso, com mau-cheiro;
prurido e/ou irritação vulvar;
dor pélvica (ocasionalmente);
sintomas urinários (disúria, polaciúria); e
hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa; teste de Schiller "onçóide").
Observações:
Mais da metade das mulheres portadoras de tricomoníase vaginal são completamente assintomáticas.
O simples achado de Trichomonas vaginalis em uma citologia oncótica de rotina impõe o tratamento da mulher e também do seu parceiro sexual, já que se trata de uma DST.
A tricomoníase vaginal pode alterar a classe da citologia oncótica. Por isso, nos casos em que houver alterações morfológicas celulares, estas podem estar associadas à tricomoníase. Nesses casos, deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia após 2 a 3 meses, para avaliar se há persistência dessas alterações.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Para o diagnóstico das infecções genitais baixas, utiliza-se comumente o exame direto (a fresco) do conteúdo vaginal. Colhe-se uma gota do corrimento, coloca-se sobre a lâmina com uma gota de solução fisiológica, e observa-se ao microscópio, com o condensador baixo.
Exame do conteúdo vaginal a fresco: observam-se os parasitas flagelados movimentando-se ativamente entre as células epiteliais e os leucócitos.
Esfregaço do conteúdo vaginal corado pelos métodos de Gram, ou Giemsa, ou Papanicolaou.
Cultura: valiosa apenas em crianças, em casos suspeitos e com exame a fresco e esfregaço repetidamente negativos. É muito difícil de ser realizada pois requer meio específico e condições de anaerobiose (meio de Diamond).
Teste do pH vaginal: é um teste simples e rápido, feito com uma fita de papel indicador de pH colocada em contato com a parede vaginal, durante um minuto; deve-se tomar cuidado para não tocar o colo, que possui um pH básico, o que pode causar distorções na interpretação; valores acima de 4,5 sugerem tricomoníase.

TRATAMENTO

Metronidazol 2 g, VO, dose única, ou
Tinidazol 2 g, VO, dose única; ou
Secnidazol 2 g, VO, dose única; ou
Metronidazol 250 mg, VO, de 8/8 horas, por 7 dias.
Gestantes

Tratar somente após completado o primeiro trimestre, seguindo o mesmo esquema sugerido acima

Observações

Para alívio dos sintomas, pode-se associar o tratamento tópico com Metronidazol Gel a 0,75%, 1 aplicador vaginal (5g), 1 vez ao dia, por 7 dias.
Durante o tratamento com qualquer dos medicamentos sugeridos acima, deve-se evitar a ingestão de álcool (efeito antabuse, que é o quadro conseqüente à interação de derivados imidazólicos com álcool, e se caracteriza por mal-estar, náuseas, tonturas, "gosto metálico na boca").
O tratamento tópico é indicado nos casos de intolerância aos medicamentos via oral, e nos casos de alcoolatria.
A tricomoníase vaginal pode alterar a classe da citologia oncótica. Por isso, nos casos em que houver alterações morfológicas celulares, estas podem estar associadas à tricomoníase. Nestes casos deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia após 2 a 3 meses, para avaliar se há persistência dessas alterações.
Durante o tratamento, deve-se suspender as relações sexuais.

GIARDIA LAMBIA

A Giardia possui duas formas morfológicas: cistos e trofozoítas.

Os cistos são as formas do parasita liberadas pelas fezes dos pacientes infectados, podendo sobreviver por muito tempo no ambiente se houver umidade. A transmissão da Giardia é fecal-oral, ou seja, ocorre pela ingestão dos cistos de Giardia que saem nas fezes de humanos ou outros mamíferos. Quanto piores forem as condições de saneamento de um local, maior o risco de epidemias de giardíase. Falarei especificamente dos meios de transmissão mais abaixo.
Giardia Lamblia

Após a ingestão do cisto, a Giardia, no intestino delgado, se transforma na forma trofozoíta, tornando-se organismos flagelados que medem apenas 15 micrômetros (0,015 milímetros). Para um melhor entendimento, podemos dizer que os cistos funcionam como ovos e os trofozoítas são os filhotes que saem do mesmo. Os trofozoítas são a forma capaz de se reproduzir, multiplicando-se dentro do intestino delgado do paciente contaminado, aderindo a sua parede e alimentando-se da comida que passa.

Quando o parasita chega ao intestino grosso, ele volta a forma de cisto, pois este é o único meio de sobreviver no meio ambiente após a sua eliminação nas fezes.

Formas de transmissão da Giardia

Como já dito, a giardíase é transmitida pela via fecal-oral. Qualquer situação em que os cistos de giardia liberados nas fezes alcancem a boca de outras pessoas, causará a contaminação. Alguns exemplos:

- Beber ou banhar-se em águas contaminadas
- Contaminação de alimentos por mãos mal lavadas. O processo de cozimento mata os cistos da Giardia, portanto, este modo de transmissão é mais comum com alimentos crus ou contaminados somente após estarem prontos
- Creches e instituições de idosos onde há pouca preocupação com higiene
- Sexo anal
- Contato com fezes de cães e gatos contaminados
- Manuseio de solo contaminado sem a devida limpeza posterior das mãos.

Sintomas da giardíase

A maioria das pessoas contaminadas pela Giardia lamblia não apresentarão sintomas. Naqueles que terão sintomas, os mais comuns são:

- Diarreia, normalmente bem líquida, mas por vezes gordurosa, chamada de esteatorreia - Cólicas abdominais
- Mal-estar
- Flatulência - Náuseas e vômitos
- Emagrecimento

Febre é um sintoma menos comum e ocorre em menos de 15% dos casos.

Os sintomas descritos acima costumam surgir em aproximadamente 1 a 2 semanas após a contaminação com os cistos de Giardia, durando em média por 2 a 4 semanas. Após uma fase aguda, cerca de 2/3 dos pacientes que tiveram sintomas apresentam melhora espontânea. 1/3, porém, desenvolvem a infecção crônica pela Giardia, mantendo-se infectados e sintomáticos por longos períodos. Na giardíase crônica, os sintomas mais comuns são:

- Fezes pastosas
- Esteatorréia (fezes gordurosas e com forte odor)
- Perda de peso importante
- Cansaço
- Depressão

Um dos principais problemas da infecção pela Giardia é a síndrome de má absorção, caracterizada clinicamente pela perda de peso e esteatorreia. O paciente com giardíase apresenta dificuldade em digerir gorduras, carboidratos e vitaminas. Até 40%dos pacientes desenvolvem intolerância a lactose.

Diagnóstico da giardíase

A infecção pela Giardia é normalmente diagnosticada através do exame parasitológico de fezes . Como o parasita é eliminado de modo intermitente, a coleta de pelo menos 3 amostras de fezes aumenta a chance de encontrarmos cistos.

Tratamento da giardíase

O tratamento da infecção pela Giardia tem dois objetivos: eliminar os sintomas nos pacientes sintomáticos e interromper a eliminação dos cistos pelas fezes, quebrando a cadeia de transmissão.

O tratamento é feito normalmente com metronidazol por 5 dias. Outra opção é o Albendazol, também por 5 dias.

AMEBIASE

A causa da amebíase se dá pela infecção de protozoário (Entamoeba histolytica), que pode se beneficiar de seu hospedeiro sem causar benefício ou prejuízo, ou ainda, agir de forma invasora. Neste caso, a doença pode se manifestar dentro do intestino ou fora dele.

Seus principais sintomas são desconforto abdominal, que pode variar de leve a moderado, sangue nas fezes, forte diarréia acompanhada de sangue ou mucóide, além de febre e calafrios.

Nos casos mais graves, a forma trofozoítica do protozoário pode se espalhar pelo
sistema circulatório e, com isso, afetar o fígado, pulmões ou cérebro. O diagnóstico breve nestes casos é muitíssimo importante, uma vez que, este quadro clínico, pode levar o paciente a morte.
A amebíase é transmitida ao homem através do consumo de alimentos ou água contaminados por fezes com cistos amebianos, falta de higiene domiciliar e, também, através da manipulação de alimentos por portadores desse protozoário.

Uma vez dentro do organismo de seu hospedeiro, neste caso, o homem, seu período de incubação pode variar de dias a anos, contudo, de forma geral, pode-se atribuir um período comum de duas a quatro semanas.
Seu diagnóstico mais comum se dá pela presença de trozoítos ou cistos do parasita nas fezes, mas também pode ocorrer através de endoscopia ou proctoscopia, através da análise de abcessos ou cortes de tecido, etc. Quando não tratada, esta doença pode durar anos.
Como na maioria das doenças, a melhor medida ainda é a prevenção, neste caso, a prevenção se dá através de medidas higiênicas mais rigorosas junto às pessoas que manipulam alimentos, saneamento básico, não consumir água de fonte duvidosa, higienizar bem verduras, frutas e legumes antes de consumi-los, lavar bem as mãos antes de manipular qualquer tipo de alimento, e, principalmente após utilizar o banheiro.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

AMEBÍASE INTESTINAL E EXTRA INTESTINAL

É uma infecção por parasita ou protozoário que acomete o homem podendo ficar restrita ao intestino, tendo como principal sintoma a diarréia, ou não causando febre e sintomas diferentes dependendo do órgão “invadido”. Mais freqüentemente o órgão preferencial a ser comprometido é o fígado. O agente causal é a Entamoeba hystolitica.
Os sintomas das pessoas com amebíase vão desde a diarréia com cólicas e aumento dos sons intestinais até a diarréia mais intensa com perda de sangue nas fezes, febre e emagrecimento. Nestes casos ocorre invasão da parede do intestino grosso com inflamação mais intensa e os médicos chamam de colite. Podem ocorrer ulcerações no revestimento interno do intestino grosso, por esta razão o sangramento. Raramente a infecção causa perfuração do intestino, quando ocorre a manifestação é de doença abdominal grave com dor intensa, rigidez e aumento da sensibilidade da parede além de prostração extrema da pessoa afetada. A doença pode apresentar-se de forma mais branda com diarréia intermitente levando muitos anos até surgir um comprometimento do estado geral.
Não muito comumente o protozoário pode penetrar na circulação e formar abscessos (coleções fechadas no interior de algum órgão ou estrutura do corpo) no fígado que causam dor e febre com calafrios. Estes abscessos podem romper-se para o interior do abdômen ou mesmo do tórax comprometendo as pleuras (camada que reveste os pulmões) ou o pericárdio (camada que reveste o coração). Também raramente podem formar-se tumorações no intestino que se denominam “amebomas”.
As situações de doença extra-intestinal ou invasiva são as que levam aos casos mais extremos que evoluem para a morte do indivíduo infectado.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Existem doenças virais que são clinicamente semelhantes, como por exemplo, as hepatites viral. Essas doenças só podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, pois suas complicações clinicas são muito semelhantes. Ainda sim as Hepatites B e C, importante o acompanhamento do paciente, e esse monitoramento e feito em exames laboratoriais. O diagnostico para determinar a conduta de um paciente, como por exemplo, a diferenciação de meningites virais e bacterianas. Filhos de mãe portadores de hepatite B, todas mulheres q no pré-natal as portadoras de hepatite B, e isso e conhecido por exames laboratoriais quando grávida essa mulheres tem todo procedimento partícula, como por exemplo a utilização de parto cessaria, e a vacinação dos bebes, e ate a soro conversão do bebe essa mãe n pode amamentar. Um cão com suspeita de raiva, o diagnostico é feito em laboratórios. Diagnostico de rubéola congênita, mulheres q durante a gravidez q tiveram suspeita de rubéola na gravidez e assim coleta-se soro do cordão umbilical e pesquisa-se IgM nesse soro de cordão. Métodos laboratorias: O que coletar para diagnosticar uma infecção: Os vírus são muitos diversos e cada doença tem um a forma de entrada e tem uma forma de ser eliminado e isso vai depender da infecção que o paciente esta tendo. Em linhas gerais, as doenças são divididas por síndromes respiratórias, genitais, entéricas, oculares, do sistema nervoso central ou de pele e isso vai determinar a forma de coleta e transporte do espécime. Na duvida do que coletar, coletas matéria na porta de entrada do vírus. No caso das infecções respiratórias, em geral, existem alguns espécimes que você pode coletar secreção nasal ou de garganta, aspirado naso-faringeano. Esse muco é coletado por intermédio de uma bomba de sucção. Outro espécime é o suab, que faz raspagem do local a ser pesquisado e a partir da você faz o diagnostico laboratorial. No caso de infecção entérica a espécime clinica é as fezes. No de infecções de mucosas com porta de entrada ocular e genital utiliza-se o suab. Vírus que causa lesões de pele, que se apresentam como vesículas você também utiliza suab ou coleta do tecido ao redor da lesão. No caso de infecções do SNC, utiliza-se o liquor. Em outras situações coleta-se o sangue, onde será importante a pesquisa de vírus e anticorpos. No caso de necropsia a coleta de tecido para pesquisa vai diagnosticar a causa mortes do individuo. Na coleta de tecido, utiliza-se s fixação e desidratação das células.